segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Consequências da verdade

Agora era a filha quem gritava comigo.
– Não acredito que você fez isso, Jack! – Eu acho que já tinha ouvido essa frase, ou uma parecida hoje, mas em outro contexto. – Como pôde ter ido lá sem me avisar? – O berro de Aretha ecoou pela sala de sua casa no Campus, pra onde fui assim que saí da casa de seus pais.
– Não queria que passasse por isso, anjo. Não era necessário.


– Mas que droga, Jack! – Ela reclamou.
– Aretha, escute... Sua mãe... Ela... Claro que ela não aceitou bem, então, por favor... Vá com calma, ta bom? Prometa que não vai fazer nenhuma tolice.


– Não vou fazer nada pior do que o que você já fez! Indo lá sem mim!
Aretha estava aborrecida. Eu tinha mesmo medo que brigasse em casa. Já era difícil eu ser o desagregador de uma família tão perfeita. Se ela tomasse alguma atitude impensada, eu não iria me perdoar.


– Aretha... Não brigue comigo, me abrace. – E ela obedeceu. Como se compreendesse o que eu sentia.

Tristeza por causar dor a quem amei, tristeza por saber que causaria dor a quem agora queria proteger. Por que o preço a pagar tem que ser tão alto?


– E meu pai?
– Ele não estava. Eu não sabia sobre sua tia, você não me disse nada...


– Você também não me disse que ia lá assim!
Linda... Ela fica linda irritada.

– Eu não planejei nada, anjo. Apenas desliguei o telefone e fui... Não se chateie com isso, por favor...


Eu beijei Aretha. E bem naquele momento a porta da sala se abriu. Eu devia ter previsto que assim que ele soubesse, viria atrás da filha.


Um Mark furioso entrou pela sala, enquanto eu tentava empurrar Aretha que automaticamente fez o movimento contrário pra tentar me defender.


Ele estava perto agora, e por um momento eu me vi com o nariz sangrando caído no chão. Mas ele estacou.
– Você... Você... – Mark estava tão nervoso, tão histérico que não conseguia formular a frase. – É um animal! – Finalmente disparou.


– Pára, pai! – Aretha pediu numa voz chorosa. Mark pareceu não escutar. Eu não sei nem se ele a viu ali.
– Você, você não tem moral! Você não tem limites! Eu vou te matar, Jack, eu juro que vou!

Seria uma atitude razoável. Mas duvidava muito que ele fizesse.


– Não prometa o que não vai cumprir! – Ameaçou Aretha. Pelo visto ela conhecia muito bem seu pai também.
– Aretha, não me provoque! – Ele pareceu notar a filha, enfim. – Vá para seu quarto, faça uma mochila que você vem comigo agora!


– Como assim?! Vou pra onde?
– Para casa!


– Eu já estou em casa, pai!
– Você me entendeu, Aretha! Já pedi pra não me provocar!

Aquilo tinha virado uma discussão em família e eu estava obrigado a assistir.


Resolvi me manifestar:
– Calma, Mark... Não puna Aretha...
– Cala a boca, Jack! Como ousa pedir pr’eu me acalmar?! Quem você está pensando que é pra me dizer como agir com minha filha?! Não me faça perder a cabeça, por favor!

Só mesmo o Mark para inserir um “por favor” num momento destes.


Eu olhei para Aretha tentando, em minha expressão, pedir que ela fizesse o que Mark lhe ordenou. É uma garota tão astuta! Ela percebeu minha intenção e se retirou para o quarto.


Agora eu estava sozinho na sala com o pai dela.
– Escuta, Mark...
Ele não me deixou completar:
– Não fale nada, Jack! Eu estou me segurando muito para não quebrar a sua cara.


Ficamos ali nos encarando em silêncio. Por que ele não me batia, afinal? O que o fazia ser tão irritantemente controlado? Eu senti muita vontade de provocá-lo só para ver sua reação.


Graças a Deus Aretha não nos fez esperar tanto. Tão linda. Tão inteligente.
– Espere lá no carro, eu já vou. – Mark ordenou mais uma vez.


Ela olhou pra mim. Muito provavelmente ela desejava que, de alguma forma, eu a impedisse de ir. Com certeza era essa a minha vontade. Assim como tomá-la em meus braços e beijá-la sem nem me importar com a presença de Mark. Mas eu não podia deixar que a testosterona me dominasse. Eu apenas sorri de volta, sinalizando que tudo ficaria bem.


– Anda, Aretha! – A voz de Mark soou mais afetada. Fiz sinal novamente pra ela ir.

Ignorando seu pai, ela pediu:
– Me liga.


Mark não rebateu, apenas aguardou ela sair para voltar-se para mim.
– Faça um favor pra todos nós e suma!

Mais uma vez me calei. Não era o momento de discutir. Mas certamente eu iria desapontá-lo.



6 comentários:

  1. Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaark lindooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!
    Às vezes o J me irrita na forma de falar do Marklindo! Mas... Fazer o quê? Ele morre de inveja! [/prontofaley
    Atitude do meu menino lindo é mais que compreensível, é impecável! AMO!
    E a Aretha está certa, se deixasse por conta dela, aliviria um pouco as coisas, mas no final iam lá na casa dele tirar satisfações de qualquer forma! rsrsrsrsrsrs

    AMO!
    bjosmil! *.*

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  2. Hahsuahsuash! Posso gritar com vc?
    Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaark!
    *---* Pena que ele aparece tão pouco nessa história... =(
    Cara, não tem jeito mesmo de achar que "tudo bem" numa situação assim, né? Questão de dar tempo ao tempo...

    brigadim!

    bjks

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  3. Por isso q a história é tão linda, se o Mark aparecesse sempre acabava com a graça de Ônix... =P

    "Só mesmo o Mark para inserir um “por favor” num momento destes." kkkkkkkkkkkkkkkk Mark tão educado até no momento de furia... XD
    Ver o J com uma carinha tão triste me deixa pra baixo... =/

    Jack lindooooooooo!!! S2


    Bjoos

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  4. Rá! Deh, se o Mark aparecesse mais ia ser melhor que QEEG. Mas não é... u_u

    Mas confesso que algumas piadas que J faz com ele eu até curto... Outras não... =/

    Mark mais lindoooooooooooo aindaaaaaaaaaaaa! S2

    bjks!

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  5. Olha para ser cincera nunca gostei do jack e tara....Não combina...Só mais o mark!! ¬..¬

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  6. De alguma forma eu acredito que Mark e Tara foram feitos um para o outro... *-* ;]

    Bjks!

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